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Agapornis Raros - Pedro Ramalho

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Agapornis Raros - Pedro Ramalho Empty Agapornis Raros - Pedro Ramalho

Mensagem  Ricardo Mendao Silva Qua Out 05, 2011 6:42 pm

Agapornis Raros

Por Pedro Ramalho


Das nove espécies de agapornis actualmente existentes só quatro são criadas com regularidade em Portugal são elas : Agapornis roseicollis, A. personatus, A. fischeri e A. nigrigenis. Das restantes cinco espécies tem-se conseguido alguns resultados com A. canus e com indivíduos não puros A. lilianae.

No estrangeiro A. canus e A. taranta têm obtido bons resultados e, no caso A. taranta, três mutações já foram estabelecidas, no entanto, o sucesso com as restantes três espécies continua a ser escasso ou inexistente.

Embora na Europa A. nigrigenis não seja considerado raro, nos E.U.A. o caso é diferente estando num nível de abundância similar ao do Cana, e, no entanto, este é o mais raro dos agapornis e o único em perigo de extinção no estado selvagem, é por isso aconselhável que os criadores nacionais com colónias viáveis as mantenham, e não comecem atrás das mutações, deixando a variedade selvagem no estado em que está a do personata.

Agapornis canus:

Ocana, como é conhecido no nosso pais, é o mais primitivo dos agapornis, e um dos três que apresentam diformismo sexual, a sua reprodução não apresenta dificuldades especiais se tivermos em consideração que esta pequena ave precisa de espaço, e que não é aconselhável a criação em colónia. Os cana são fracos construtores de ninhos, assim uma ajuda no preenchimento do ninho pode ser útil, em termos de dieta o girassol não deve constituir mais do que 15% da dieta, e o fornecimento de proteína animal, embora não seja fundamental, é útil no estimulo dos reprodutores.

Como na maioria dos agapornis raros também a criação a longo prazo tem levantado problemas com muitos dos casais a deixarem de criar ao fim de uma ou duas épocas de criação.

Agapornis taranta:

Sendo de longe o mais resistente dos agapornis raros, e o que cria com mais regularidade, é de estranhar a sua extrema raridade em Portugal , se não fosse por A. swindernianus o taranta ganharia o titulo de agapornis mais raro em Portugal, a explicação para esta falta de interesse, para além do desconhecimento que muitos criadores têm da ave, deve-se provavelmente a dois factores :

1º- esta ave é um habitante das terras altas da Etiópia o que devido aos problemas da região não deve facilitar a sua exportação ;

2º- a ave em si não é muito atraente, a femêa é toda verde e o macho é igual á fêmea, com uma banda frontal vermelha.

Os taranta devem ter oportunidade de escolher o seu par, e uma vez que são extremamente agressivos não podem ser criados em colónia. Ao contrário dos cana, os taranta precisam de uma maior percentagem de lipídios portanto o girassol é necessário, esta necessidade de gorduras deve-se ao facto da região de origem ser fria. No entanto, tentar manter estas aves com uma dieta exclusivamente de girassol e em gaiolas de menos de um metro é uma boa maneira de as destinar ao caixote do lixo, inviabilizando quaisquer resultados reprodutivos. Estas aves costumam atingir a maturidade sexual aos dois anos, no entanto é possível distinguir os machos jovens pelas penas das asas pretas. Embora a maioria dos casais só façam uma postura, alguns realizam duas posturas.

Agapornis pullarius:

Sendo para mim o mais belo dos agapornis com diformismo sexual, o pullarius tem necessidades reprodutivas muito mais complicadas que qualquer outro agapornis mantido em cativeiro. Com efeito na natureza o Pularia nidifica em ninhos de térmites, o que vai implicar que tal como os outros psitacideos que nidificam em termiteiras também o pularia vai necessitar de um ninho que, na medida do possível, simule as condições naturais, assim é necessário encher a caixa de nidificação com um material que não sendo muito duro permita a escavação, isto para além de estimular as aves para a criação, permite ao casal acertar com os seus ciclos sexuais, depois á que ter em conta que o interior da termiteira tem uma temperatura muito elevada, razão pela qual estas aves não precisam de aquecer as crias recém nascidas, como é típico em aves com crias nidícolas. Assim, em cativeiro é necessário construir um ninho que tenha uma temperatura na câmara de nidificação de 37ºC.

As várias soluções para este efeito ser obtido passam pelo aquecimento do ninho com resistências eléctricas ou usando matérias em decomposição, soluções alternativas como a criação debaixo de outras espécies de agapornis ou a criação á mão tem dado resultados contraditórios e para já não se aconselham. Para além destes requisitos o pullaria assim como o liliane apresenta alta mortalidade nas aves antes da primeira muda.

È frequente os criadores em Portugal obterem estas aves através de importações do seu pais de origem e, como é obvio a taxa de mortalidade é assustadora, no entanto como são geralmente oferecidos a baixo preço a aposta deve ser feita, uma vez que os pularia tem diformismo sexual a criação em colónia tem menores possibilidades de sucesso do que usando casais auto-escolhidos, sozinhos no aviário. Pelas razões apresentadas o pularia não é uma ave para principiantes exigindo cuidados e instalações especiais, mesmo assim vários criadores nacionais estão a apostar nesta bela ave o que, pela mudança de mentalidade que isso revela é de saudar.

Agapornis swindernianus:

Devido ao facto deste agapornis ser o único com uma dieta especializada (figos) tem sido impossível mantê-lo fora da sua área de distribuição.

Agapornis lilianae:

Um dos grandes mistérios da criação de psitacideos actualmente. Este pequeno membro do grupo personata que engloba o personata, fischer, nigrigeris e liliane, tem sido mantido com variáveis graus de sucesso, embora já tenha mutações estabelecidas ( o lutino do personata e do fischer foi importado do liliane ), o sucesso a longo prazo continua difícil de alcançar , para isso contribuem dois factores:

1º- embora o liliane seja bastante prolífico os casais tem tendência a pararem de criar de uma época para a outra, isto é provavelmente devido á falta de estímulos ambientais;

2º- a elevada mortalidade juvenil, com efeito perdas superiores a 50% podem ocorrer até à primeira muda altura a partir da qual a mortalidade diminui , a razão para este fenómeno não é conhecida devendo-se provavelmente a uma dieta incorrecta que associada a um alto grau de stress deixa as aves jovens vulneráveis, nesta fase é portanto aconselhável usar e abusar de compostos ricos em vitamina C. As grandescolónias existentes nos Estados Unidos foram dizimadas por um microrganismo que não afectando as aves nativas revelou-se fatal para as aves africanas e asiáticas, o problema foi agravado porque a maioria das colónias situava-se no sul do pais, com condições climatéricas mais favoráveis, mas onde o organismo era mais abundante, na Europa e no Brasil , tem-se tentado aumentar a resistência do liliane com cruzamentos com fischer , razão pela qual é difícil encontrar aves puras. Assim as únicas colónias com algum sucesso situam-se na Austrália e na Africa do sul.

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Ricardo Mendao Silva
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